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Cultura nov 10, 2025

Conheça os destinos mais sustentáveis de 2025

Essa semana inicia-se a COP 30, conferência global que volta a colocar as mudanças climáticas no centro das discussões. O tema ganha cada vez mais urgência, e falar sobre soluções sustentáveis deixou de ser tendência para se tornar necessidade.

No setor do turismo, essa pauta também ganha força. Destinos que investem em práticas responsáveis e em políticas de preservação ambiental têm se destacado em rankings internacionais de sustentabilidade.

A Escandinávia voltou a liderar o Índice Global de Sustentabilidade de Destinos, com Helsinque, capital da Finlândia, reconhecida como o destino turístico mais sustentável do mundo. O levantamento, elaborado pelo Global Destination Sustainability Movement, avalia as cidades em quatro pilares: gestão do destino, fornecedores, progresso social e desempenho ambiental, reunindo as 40 que apresentaram os melhores resultados.

Helsinque, Finlândia. Fonte: Smart Cities.

Em 2025, mais da metade das cidades do top 10 localizadas na região da Escandinávia. Após Helsinque, Gotemburgo (Suécia), ocupa a segunda posição, seguida por Copenhague (Dinamarca), em terceiro lugar. O top 10 é completado por Aalborg (Dinamarca); Glasgow (Reino Unido); Tampere (Finlândia); Aarhus, (Dinamarca); Lyon (França); Belfast (Reino Unido); e Reykjavik (Islândia).

Helsinque ficou em primeiro lugar pelo segundo ano consecutivo, e os organizadores destacam que 99% dos quartos de hotel da cidade possuem certificação de sustentabilidade, 54% da eletricidade vem de fontes renováveis e o município já atingiu 80% da meta de redução de carbono prevista para 2030. A diretora de turismo de Helsinque, Nina Vesterinen, afirma que a transparência é um princípio essencial nas ações de sustentabilidade da cidade. Segundo ela, o compromisso precisa ir além do marketing verde, atendendo às exigências da União Europeia para que as alegações ambientais sejam confiáveis e verificáveis. Por isso, índices e certificações internacionais têm papel fundamental nesse processo.

Gotemburgo, Suécia. Fonte: BBC.

Em uma entrevista recente, Vesterinen ressalta ainda que o objetivo é promover o turismo levando em conta todas as dimensões da sustentabilidade, reduzindo impactos negativos e ampliando os positivos. A meta, segundo ela, é que Helsinque seja um lugar ainda melhor quando o visitante vai embora do que era antes de ele chegar.

O anúncio vem pouco depois de a cidade divulgar o plano de proteger 10% de sua área terrestre e marítima até 2038. A Europa também se destaca no panorama global, com três quartos das cidades da lista localizadas no continente. Fora da Europa, quatro destinos asiáticos aparecem no ranking : Cingapura (13º), Goyang, na Coreia do Sul (15º), Songkhla, na Tailândia (28º) e Kumamoto, no Japão (33º), além de três cidades canadenses, Montreal (20º), Cidade de Quebec (23º) e Victoria (27º), e três australianas, Melbourne (11º), Brisbane (16º) e Sydney (25º).

O Reino Unido também marca presença entre as 40 primeiras posições, com Glasgow em quinto lugar, Belfast em nono e Manchester em 35º. Glasgow se destaca por gerar 97% da sua eletricidade a partir de fontes renováveis, estar próxima de atingir sua meta de carbono para 2030 e contar com 100% de seus espaços de eventos certificados em sustentabilidade.

Nenhum país da América Latina aparece na lista, o que reforça a urgência de colocar o tema da sustentabilidade no centro das discussões. O fato de o Brasil sediar a COP 30 é uma oportunidade única para mudar esse cenário. O evento pode ser o ponto de partida para que o país e seus vizinhos avancem em políticas públicas, práticas empresariais e iniciativas locais que tornem o turismo mais responsável e ambientalmente equilibrado. É o momento de transformar o discurso em ação e trabalhar para que, no futuro, cidades brasileiras também figurem entre os destinos mais sustentáveis do mundo.

Escrito por Rodrigo Ribeiro, Marketing na SMI.