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Tendências maio 7, 2025

Turismo espacial: A nova fronteira das viagens.

Com um mercado inovador, curioso e desejado, o turismo espacial está em discussão há décadas e até então era disponível somente para pilotos e profissionais da área.

Foto: Space Perspective

O primeiro ser humano a viajar para o espaço foi o cosmonauta russo Yuri Gagarin, em 12 de abril de 1961. Desde então, os voos espaciais e as pesquisas na área têm avançado de forma acelerada. Apesar dos enormes desafios técnicos, os casos de sucesso se multiplicam. Segundo um relatório da Research and Markets, o turismo espacial deve movimentar cerca de £6,3 bilhões até 2030, consolidando-se como um setor promissor da indústria aeroespacial.

Um artigo da Agência Espacial Europeia diz que, o termo correto para “turismo espacial” seria “voos suborbitais”. Isso porque essas viagens consistem em levar uma espaçonave a uma altitude elevada o suficiente para, com a velocidade adequada, gerar a sensação de ausência de gravidade, sem que a nave entre em órbita ao redor da Terra.

Todos podemos virar astronautas?

Atualmente, diversas empresas estão investindo em voos suborbitais com foco no turismo, e muitos especialistas acreditam que esse novo setor seguirá um caminho semelhante ao da aviação comercial, inicialmente acessível apenas a investidores e pessoas de altíssimo poder aquisitivo, mas com potencial para se tornar mais acessível ao público geral com o tempo.

O primeiro turista espacial foi o norte-americano Dennis Tito, que participou da missão Soyuz TM-32 em abril de 2001.

Em 2008, quando o documento da Agência Espacial Europeia foi publicado, o custo de um voo suborbital da Virgin Galactic, de Richard Brasnson, era de cerca de 200 mil dólares.

O custo nominal dessas viagens está atualmente entre 200 mil e 300 mil dólares, com duração de mais ou menos 10 minutos, e é realizado por empresas como Blue Origin, Virgin Galactic, Boeing e SpaceX. A VSS Unity, da Virgin Galactic, realiza voos que alcançam até 90km acima da superfície da Terra, mas ainda não é possível de chegar até a Lua.

Richard Branson desfruta de uma viagem ao espaço a bordo do VSS Unity. Foto: Virgin Galactic.

Em abril deste ano, a empresa Blue Origin lançou, no Texas, a nave New Shepard com seis mulheres a bordo, incluindo a cantora Katy Perry. Após uma viagem de 10 minutos, a cápsula e o foguete retornaram à Terra com segurança.

Esta foi a primeira viagem espacial com uma tripulação totalmente feminina desde 1963, quando a cosmonauta russa Valentina Tereshkova fez história ao viajar sozinha para o espaço.

Blue Origin divulga foto da tripulação da missão NS-31. Foto: Divulgação/Blue Origin.

Hospedagens espaciais

Além das viagens espaciais, a NASA aponta que várias empresas privadas já estão desenvolvendo projetos iniciais para hotéis orbitais de luxo, que é o caso da Voyager Station. Esses hotéis, semelhantes a estações espaciais, orbitarão a Terra e oferecerão acomodações para hóspedes, ao mesmo tempo em que poderão contribuir para avanços nas descobertas científicas.

A Voyager Station é um dos projetos mais ambiciosos, sendo o primeiro resort espacial do mundo e orbitará a Terra em uma altitude entre 500 e 550 quilômetros. Planejada para acomodar até 400 hóspedes, contará com restaurantes, bares e até uma quadra de basquete em gravidade zero. Além disso, terá gravidade artificial, permitindo que os viajantes se movam e vivam de maneira semelhante à vida na Terra enquanto estão hospedados no resort. A previsão de inauguração está para 2027.

Foto: Voyager Station.

A Voyager Station já está aceitando reservas, e para passar uma temporada no espaço, o viajante precisará desembolsar cerca de US$ 25 milhões, valor que será utilizado como investimento no desenvolvimento do projeto.

O projeto também impulsionará o desenvolvimento da economia espacial, marcando um grande avanço na exploração do espaço. Além de proporcionar uma experiência única para os hóspedes, a Voyager Station servirá como um laboratório de testes para tecnologias essenciais, que poderão ser aplicadas em futuras missões à Lua e a Marte. Com isso, a colonização de outros planetas e luas se tornará um pouco mais próxima da realidade.


Por Verônica Lira — Marketing Analyst na SMI.

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