Desde o início da pandemia do COVID-19, as inovações tecnológicas passaram de futuristas a familiares. Hoje em dia é difícil estar no mundo sem encontrar por exemplo menus com QR Code ou então fornecer passaportes digitais de vacinas. À medida que a indústria do turismo volta à vida, as máscaras podem começar a desaparecer, mas muitas ferramentas tecnológicas da era da pandemia continuarão sendo consideradas quando se fala em viagem.
Segundo Steve Shur, presidente da Travel Technology Association, os consumidores esperam tecnologias que os deixem mais confiantes em relação às viagens. Ele diz ainda, que algumas dessas mudanças vieram para ficar. De fato, uma pesquisa da Pew Research de 2021 com 915 líderes políticos, pesquisadores científicos e outros especialistas prevê que, até 2025, nossas vidas diárias poderão ser ainda mais influenciadas por algoritmos, trabalho remoto e o que alguns chamam de “tele-tudo”.

As novas intervenções podem trazer benefícios para os viajantes, tornando as viagens mais seguras e eficientes. Conheça algumas das inovações que quem viaja continuará a ver e usar.
Realidade virtual e aumentada

Quando a pandemia interrompeu as viagens, museus e destinos turísticos recorreram à realidade aumentada (AR) e à realidade virtual (VR) para criar exposições e experiências online. O aplicativo Xplore Petra por exemplo, foi lançado em junho de 2020, permitindo que os usuários “visitem” o sítio arqueológico mais icônico da Jordânia, projetando uma versão reduzida das ruínas. Já a empresa Lights over Lapland, uma empresa de viagens do Ártico, lançou uma experiência de realidade virtual para mostrar a aurora boreal usando fones de ouvido ou telas de computador.
Pós-pandemia, VR e AR podem melhorar as viagens reais, adicionando experiências! Como acontece por exemplo no Museu de História Natural de Paris, onde existe uma exposição que coloca os visitantes cara a cara com animais extintos em formato digital. Em Cingapura, o Museu Nacional conta com uma instalação chamada “Story of the Forest”, onde os visitantes exploram uma paisagem virtual composta por quase 70 desenhos da natureza.
Limpeza UV-C

Os hospitais usam a luz UV-C para desinfetar e matar vírus há mais de duas décadas. Agora, espaços públicos internos, incluindo aeroportos, academias e cinemas, estão adicionando UV-C para impedir a propagação viral.
“O UV-C está em seu auge agora”, diz Peter Veloz, CEO da UltraViolet Devices, que fabrica a tecnologia de desinfecção UV. Se instalado e operado corretamente, um sistema UV-C pode matar todos os tipos de bactérias e germes. Mesmo os insetos da gripe sazonal podem ser eliminados antes de se espalharem.
Controle de aglomeração
Para ajudar a impor o distanciamento social, cidades, aeroportos e museus testaram ou implementaram a tecnologia de controle de multidões, incluindo os robôs de Cingapura anunciando que as pessoas estão muito próximas umas das outras e também sinais indicando a quantidade de pessoas nos portões dos aeroportos.
À medida que as pessoas voltam a viajar e retornam a destinos populares, métodos e dispositivos semelhantes podem ser implementados para evitar o excesso de turismo. Amsterdã por exemplo, que também sofre com o excesso de turismo, acompanha como os visitantes usam o City Card de Amsterdã, um passe de custo fixo para museus e transporte público. Na inglaterra, o Beach Check UK foi lançado neste verão com informações em tempo real sobre a movimentação nas praias ao longo da costa inglesa, orientando os viajantes a irem para áreas mais distantes.
QR Codes em restaurantes
Nos primeiros dias da pandemia, quando a transmissão do COVID-19 ainda não era bem compreendida, os restaurantes se apressaram em fornecer QR Codes. Embora os temores anteriores de que as pessoas pudessem pegar o vírus por meio de menus e outras superfícies não existam mais, os códigos se mostraram convenientes e provavelmente permanecerão em uso.

Já imaginou quais outras tecnologias podem aparecer? Fique de olho nas próximas novidades ligadas a experiência de viajar!
Por Marina Carvalheira — Writer na SMI